Atlético-MG e Flamengo se enfrentam na final da Copa do Brasil com foco na marcação individual

PUBLICIDADE

atletico-mg-e-flamengo-se-enfrentam-na-final-da-copa-do-brasil-com-foco-na-marcacao-individual

A Evolução da Marcação Individual no Futebol

A Nova Era da Marcação

Recentemente, a Copa do Brasil destacou a estratégia defensiva do Atlético-MG, sob a liderança de Gabriel Milito, que optou pela marcação individual. Essa abordagem, que parecia em desuso há menos de uma década, está ressurgindo em várias partes do mundo do futebol. O jogo moderno, que envolve passes curtos e saídas rápidas, parece ter criado um ambiente propício para a volta desse modelo de defesa.

Influências de Treinadores Visionários

Treinadores como Marcelo Bielsa, que comanda a seleção uruguaia, sempre foram defensores do sistema de marcação homem a homem. Na Itália, Gianpiero Gasperini levou a Atalanta à vitória na Liga Europa utilizando essa filosofia. No Brasil, nomes como Hernán Crespo e Abel Ferreira também têm adotado essa estratégia, mostrando que a marcação individual está novamente em alta.

O Contexto do Jogo Moderno

A ressurreição da marcação individual está ligada às dinâmicas de ação e reação que permeiam o futebol. Com a maioria das equipes iniciando jogadas a partir da defesa, a pressão individual se apresenta como uma resposta eficaz. Além disso, o jogo posicional, que se tornou padrão entre muitos treinadores, tem sido desafiado por essa abordagem. Para alguns, a marcação homem a homem pode neutralizar as vantagens que o jogo posicional tenta criar.

A Dinâmica da Marcação

Um exemplo claro dessa estratégia foi observado quando o Atlético-MG enfrentou o Flamengo no Maracanã. Enquanto o Flamengo, sob a direção de Tite, organizou duas linhas de quatro jogadores, o Atlético-MG optou por uma marcação individual, onde cada defensor tinha a responsabilidade de acompanhar um adversário específico. Essa abordagem visa garantir que cada espaço do campo seja protegido de forma mais eficaz.

Estratégias de Pressão

O técnico Zé Ricardo compartilha sua visão sobre a marcação. Ele argumenta que, ao avançar as linhas, a pressão individual se torna mais intensa. Para defesas recuadas, a marcação por zona é mais eficiente, pois permite que a equipe se compacte e minimize riscos, especialmente quando os adversários trocam de posição.

A Evolução dos Sistemas Híbridos

Os sistemas híbridos estão ganhando espaço no futebol. Neles, as equipes tentam pressionar a saída de bola do adversário com uma abordagem de marcação homem a homem. Caso a pressão não funcione e o adversário consiga avançar, essas equipes recuam e se organizam em linhas defensivas, adotando uma marcação por zona.

Crescimento da Marcação Individual

A marcação individual já era visível em momentos como tiros de meta e arremessos laterais, mas agora está se expandindo para outras fases do jogo. Cléber Xavier, ex-auxiliar de Tite, observa que essa tendência está crescendo globalmente, trazendo tanto riscos quanto vantagens, dependendo das características de cada equipe e dos duelos individuais que se estabelecem durante a partida.

Causas Históricas da Mudança

A mudança nas regras do futebol nos anos 90, que impediu os goleiros de pegarem a bola com as mãos em passes recuados, contribuiu para a integração dos goleiros na construção de jogadas. Isso incentivou as equipes a optarem por passes curtos desde a defesa, aumentando a necessidade de uma defesa mais pressionada.

Limitações da Marcação por Zona

Zé Ricardo destaca que, ao tentar organizar o jogo a partir da defesa, a marcação zonal tem suas limitações. A linha do meio-campo se torna um ponto crítico, pois avançar além dessa linha pode expor a defesa a riscos, levando muitos treinadores a preferirem a pressão individual.

Impacto das Regras Recentes

Outra mudança significativa nas regras, mencionada pelo técnico Eduardo Barroca, é a permissão para que um jogador receba o passe dentro da área durante um tiro de meta. Essa alteração incentivou muitas equipes a adotarem a marcação homem a homem, buscando um jogador a mais na pressão ofensiva, o que ajuda a minimizar a desvantagem numérica.

A Revolução do Jogo Posicional

Desde a revolução trazida por Arrigo Sacchi no Milan, nos anos 80, a marcação por zona se tornou a norma. Com o auge do Barcelona de Guardiola, o jogo posicional se consolidou como uma estratégia dominante. Essa abordagem buscava explorar as fragilidades da marcação por zona, posicionando jogadores entre as linhas do adversário para criar confusão e ocupar espaços menos defendidos.

A Lógica da Marcação Individual

Os defensores da marcação homem a homem argumentam que essa estratégia elimina as vantagens do jogo posicional. Ao posicionar jogadores nos espaços entre as linhas, a marcação zonal é desestabilizada, permitindo que cada defensor acompanhe de perto um atacante. Zé Ricardo observa que, em um time que pratica bem o jogo posicional, a marcação zonal se torna uma vantagem que pode ser explorada.

Vantagens e Desvantagens da Marcação Individual

Treinadores, independentemente de sua preferência pela marcação individual ou zonal, reconhecem que cada abordagem possui seus próprios prós e contras. A marcação homem a homem pode deixar o time vulnerável a infiltrações e permitir que o adversário crie espaços. Contudo, também oferece a oportunidade de eliminar jogadores livres do adversário e facilita um jogo mais direto, baseado em duelos individuais.

A Conclusão da Nova Abordagem

A discussão sobre a marcação individual versus a marcação por zona continua a evoluir no futebol moderno. Com o aumento das estratégias de pressão e a necessidade de adaptação às novas dinâmicas do jogo, a marcação homem a homem está se reafirmando como uma opção viável e eficaz para muitas equipes. Observa-se um ciclo contínuo de inovação, onde cada treinador busca a melhor forma de se adaptar e superar os desafios que o jogo apresenta. Para mais informações sobre conquistas no futebol, consulte a recentemente conquistada Copa do Mundo de Futebol.

Mais recentes

PUBLICIDADE

plugins premium WordPress
Rolar para cima