Câmeras de policiais do Rio mostram extorsão em esquema conhecido como tour da propina

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Uma Denúncia Anônima Desencadeia a Investigação

Escândalo de Extorsão: A Revelação das Câmeras Corporais da PM do Rio

Uma Denúncia Anônima Desencadeia a Investigação

Recentemente, uma denúncia anônima trouxe à tona um esquema de extorsão envolvendo policiais militares do Rio de Janeiro. A Corregedoria da Polícia Militar decidiu investigar, analisando mais de 500 horas de gravações das câmeras corporais dos agentes. Este material revelou um cenário alarmante de corrupção nas ruas.

O “Tour da Propina”

Os policiais, confiantes de que não seriam descobertos, realizavam um esquema conhecido como o “tour da propina”. Toda sexta-feira, equipes de PMs se revezavam para coletar dinheiro de comerciantes na Baixada Fluminense. O que deveria ser uma atividade de proteção à comunidade se transformou em um circuito de extorsão.

A Atuação dos Policiais

As imagens capturadas mostraram claramente os policiais recebendo dinheiro de diversos comerciantes, incluindo ferro-velhos, padarias e bancas de pastel. A coleta de propina não se limitava a dinheiro; os policiais aceitavam também frutas e cervejas como pagamento. Essa prática se estendeu por seis meses, com os agentes visitando pelo menos 54 estabelecimentos diferentes.

Negligência em Chamados de Emergência

Enquanto coletavam propinas, os policiais frequentemente ignoravam chamados de emergência. A investigação revelou que, mesmo com a população clamando por ajuda, os agentes estavam mais interessados em sua atividade ilícita. Eles eram pontuais nas visitas para coletar o dinheiro, mas não estavam disponíveis para atender as necessidades da comunidade.

Tentativas de Encobrir as Ações

Os policiais tentavam esconder suas ações. A análise das gravações mostrou que frequentemente desviavam as câmeras, tapavam as lentes ou removiam os equipamentos, deixando-os nas viaturas ou bases policiais. Essas tentativas indicam um claro reconhecimento de que suas ações eram erradas.

A Resposta da Justiça

Diante das evidências, o Ministério Público interveio e pediu a prisão de 22 policiais envolvidos no esquema. A Justiça acatou o pedido e, em uma operação realizada na quinta-feira (7), 21 policiais foram detidos. O último policial se entregou na sexta-feira (08). Dentre os detidos, quatro pertenciam ao mesmo batalhão, enquanto os demais estavam distribuídos por diferentes unidades na Baixada Fluminense e na Região Metropolitana do Rio.

Consequências e Mensagem de Advertência

Os policiais agora enfrentam acusações de corrupção passiva. O coronel Marcelo de Menezes, comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, afirmou que este caso servirá como um exemplo claro para aqueles que se envolvem em atividades ilícitas, enfatizando que nenhum policial mau ficará impune.

A Importância da Vigilância e da Transparência

Este incidente destaca a necessidade de maior transparência e vigilância nas ações policiais. As câmeras corporais, embora valiosas na coleta de provas, precisam de um sistema que permita verificação constante das gravações. A confiança da população nas forças de segurança depende de ações firmes contra a corrupção.

O Papel da Comunidade

A participação da comunidade é fundamental para combater a corrupção na polícia. É importante que os cidadãos se sintam à vontade para denunciar irregularidades, como fez o denunciante anônimo que deu início a esta investigação. A colaboração entre a população e as autoridades pode ajudar a restaurar a confiança nas instituições.

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