Jovem com tumor raro deixa UTI e aguarda tratamento que pode custar R$ 130 mil

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Jovem Cearense Luta Contra Tumor Raro e Busca Tratamento Urgente

Jovem Cearense Luta Contra Tumor Raro e Busca Tratamento Urgente

Um Desafio de Saúde

Sabrina Gomes, uma jovem de 24 anos, enfrenta uma intensa batalha contra um timoma, um tipo raro de tumor localizado no tórax. Sua condição não trouxe apenas complicações respiratórias, mas também resultou em Síndrome de Cushing, provocando pressão alta, insuficiência renal e distúrbios metabólicos. Um dos efeitos mais visíveis foi a alteração na cor da pele, que se tornou um ponto de atenção em sua jornada de tratamento. Para entender melhor as mudanças na cor da pele, é possível conferir relatos de outras experiências semelhantes neste artigo.

A Luta por Medicação

Atualmente, Sabrina aguarda uma melhora em sua saúde para iniciar um tratamento com um medicamento que conseguiu na justiça. O custo elevado do remédio, cerca de R$ 32 mil, representa um grande obstáculo. A jovem já passou por várias intervenções médicas, incluindo três sessões de quimioterapia, radioterapia e cinco cirurgias. A mais recente, em 2 de novembro, foi crucial para desobstruir a traqueia, que estava comprimida pelo tumor, dificultando sua respiração e alimentação.

A expectativa é que o tratamento com lutécio radiotivo possa estabilizar ou até eliminar o tumor. Contudo, é necessário que Sabrina melhore seu estado de saúde, uma condição ainda em avaliação pela equipe médica do Instituto do Câncer do Ceará.

A Evolução do Caso

Desde o diagnóstico em 2015, quando estava no 9º ano do ensino fundamental, a vida de Sabrina mudou drasticamente. Ela teve que interromper os estudos para se concentrar no tratamento. O timoma, que já atinge 17 centímetros, produz um hormônio chamado ACTH, responsável por regular diversas funções do corpo. Entretanto, a produção excessiva desse hormônio, devido ao tumor, levou a complicações graves.

A jovem já havia se submetido a uma cirurgia em 2022 para remover as glândulas que causavam o excesso de cortisol, mas o tumor continuou a progredir, resultando em efeitos colaterais, como a aceleração da mudança na cor da pele.

Esperança e Sonhos

Apesar dos desafios, a família de Sabrina mantém a esperança de que o tratamento não apenas cure a doença, mas também permita que ela retome seus sonhos. A jovem deseja voltar a estudar, cursar Medicina e realizar atividades como viajar de avião e assistir a shows de artistas que admira, como Bruno Mars.

A Luta Judicial

Diante da situação, Sabrina buscou ajuda legal. Em dezembro de 2023, acionou a Defensoria Pública da União para obrigar a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) a fornecer o medicamento necessário. Em março de 2024, a justiça decidiu a favor de Sabrina, determinando que a Sesa providenciasse a medicação.

No entanto, mesmo após essa decisão, a entrega do lutécio não foi garantida. Sabrina e sua família têm ido frequentemente à Sesa para verificar o andamento do processo, que tem se arrastado. Em suas visitas, ela apresentou documentos que comprovam a gravidade de sua condição, mas a resposta tem sido insatisfatória.

A Resposta da Secretaria de Saúde

Em agosto, uma nova ordem judicial exigiu que a Sesa acelerasse a compra do medicamento. Contudo, até agora, a secretaria não conseguiu concluir o procedimento. O coordenador de monitoramento e avaliação da Sesa, Breno Novais, explicou que o tratamento necessário não está listado entre os disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), exigindo um procedimento específico para a aquisição do remédio.

O Impacto do Tratamento

O tratamento com lutécio envolve quatro aplicações, com intervalos de seis semanas entre cada dose. O custo total pode ultrapassar R$ 130 mil, um valor que representa um desafio financeiro considerável para a família de Sabrina. A medicação é fabricada no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, em São Paulo, e possui um prazo de validade curto, tornando a situação ainda mais urgente.

O Caminho a Seguir

A equipe médica que acompanha Sabrina ainda não tem certeza se a alteração na cor da pele é reversível. Para que haja qualquer mudança positiva em seu quadro clínico, é essencial que o tumor diminua de tamanho, o que depende do sucesso do tratamento com lutécio. A família continua a lutar por respostas e por um caminho que leve à recuperação da jovem.

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